O PRAZER MÁXIMO DA MULHER: COMO ATINGIR


                                    ORGASMO FEMININO

O orgasmo feminino é uma experiência igualmente fisiológica e subjetiva, enquanto o orgasmo masculino é mais uma experiência fisiológica do que subjetiva. A importância do orgasmo é variável entre as mulheres. Algumas fazem dele o objetivo sexual primeiro, outras valorizam mais a experiência afetiva da interação sexual. A disfunção orgástica, para alguns estudiosos, seria uma patologia moderna, nascida no século XX, junto com a emancipação feminina, pois antes disso o orgasmo feminino não era esperado, nem um valor social. A porcentagem de mulheres que não têm orgasmo  varia largamente, o que demonstra o caráter cultural do problema.  No norte europeu  em torno de 17% são anorgásmicas enquanto no sudeste asiático  41%  apresentam essa dificuldade. Todos sabemos que a cultura asiática é muito mais repressiva sexualmente.
Enquanto no homem o reflexo do orgasmo é imperativa, pois não há como a espécie se reproduzir sem ejaculação, na mulher el é fruto da evolução natural. As mulheres aprenderam a ter orgasmo, como forma de se igualar aos homens e de adquirir maior prazer sexual. Porém o orgasmo feminino não é fundamental à reprodução, e a forma principal de se conseguí-lo é através da manipulação genital, principalmente do clitóris. O orgasmo intravaginal é mais raro.

 Uma das razões das mulheres  não conseguirem o orgasmo nas relações sexuais é  a dificuldade de fantasiar,  como uma forma de associar ao sexo uma motivação mental específica. Mesmo uma fantasia não sexual pode ser a chave para aumentar o nível de excitação sexual .

 As fontes do prazer feminino são mais distribuídas corporalmente do que no homem.  O estímulo sensorial (no sentido de integração dos sentidos) é um catalisador dos sinais eróticos femininos. Mesmo o estímulo genital da mulher não tem um ponto específico de acender o orgasmo. A estimulação adequada é algo que se desenvolve, um click individual e conjugal. O orgasmo é um ápice para a mulher. Mas esse ápice não é somente o estímulo do pênis à vagina. É por todo um conjunto de fatores ambientais, um todo integrado, uma construção.
Algumas vezes o orgasmo do(a) parceiro(a) pode ser o suficiente para satisfazer a mulher. A sensação de ser fortemente desejada é tão gratificante quanto a de ter o seu próprio orgasmo.
Não ter orgasmo não pode ser relacionado necessariamente a alguma doença específica, problema hormonal, menopausa, etc. Embora esses fatores sejam importantes para a saúde sexual da mulher e às vezes relacionados à falta de prazer, o orgasmo é uma sensação única da mulher ligado a fatores íntimos e sazonais.

Algumas mulheres relatam não saber se têm ou não orgasmo. Estas não se apercebem das sensações subjetivas ou das físicas, ou então fazem uma expectativa que não corresponde ao que sentem realmente. A sensação subjetiva mais evidente do orgasmo é de um relaxamento importante, associada a uma sensação de estar satisfeita. Para algumas pessoas o orgasmo não passa disso. Para outras ele é muito intenso, com espasmos corporais, grunhidos, êxtase. As reações fisiológicas: contrações da vagina, sensação de palpitação no corpo e nos genitais , rubor facial e do tórax, taquicardia, aumento de calor corporal, podem ser intensas ou não, e só são percebidas por aquelas pessoas com maior consciência corporal. Tal consciência corporal pode ser desenvolvida, mas paradoxalmente, exigiria uma abstração do prazer no momento do ápice, o que parece contraditório.

Algumas mulheres também esperam que o orgasmo seja “dado” a elas pelo(a) parceiro(a). Isso pode  ser uma característica de submissão feminina, ou  apenas uma falta de conhecimento.  Nas relações sexuais o orgasmo de cada  pessoa envolvida pertence a ela e é ela quem deve conquistá-lo, com a “participação” do(a) outro(a) e não “através” do(a) outro(a) .
Dentro do mesmo critério acima, a mulher pode cair na armadilha de cair na demanda do (a)parceiro(a), de ter tantos orgasmos quanto ele(a) ou simultaneamente a ele(a) ou com o mesmo nível de satisfação e desempenho do que ele(a). A sexualidade de uma pessoa obedece a um ritmo individual, que dificilmente é mudado(sobre este tema pesquisar a postagem  “ritmo sexual, adequação “ neste  blog).



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