VAGINISMO: DIFICULDADES DE PENETRAÇÃO SEXUAL


 Vaginismo um termo que a medicina  usa desde o século XVII mas que até hoje os médicos não entendem direito . O certo é que cerca de um a seis por cento das mulheres  não conseguem concretizar o ato sexual. Podem imaginar o que seja isso? A esperada noite de núpcias se torna uma catástrofe. Sim, porque muitas destas mulheres que não conseguem a penetração sexual são educadas em lares rígidos e é comum terem o "sexo depois do casamento" como um valor. Psicologicamente elas se preparam tanto para este dia que acabam fechando a vagina definitivamente. Claro, isso é uma maneira genérica de falar sobre o problema. Há mulheres com vaginismo que não tiveram nenhum problema de educação sexual, mas a maioria teve. Vamos aos dois lados da história: o ruim e o bom. O ruim é que dificilmente estas mulheres resolvem o seu problema espontaneamente ou baseada em suas intuições, ou nas de seus cônjuges, ou na de seus médicos. Acrescente-se a isso que médicos e psicólogos são, na maioria das vezes, pouco cientes do problema. Como terapeuta sexual, não é raro receber pacientes que já passaram por tratamentos mais estapafúrdios ordenados por "palpites" de profissionais não preparados para instituírem este tratamento. O lado bom da coisa é que o tratamento bem sucedido, que é composto de uma terapia sexual breve e bem feita associada a uma tratamento médico específico resolve o problema em 95% das vezes.
Explicando um pouco melhor. Embora não se saiba muito bem o que acontece no vaginismo, o que parece é que a mulher com este problema tem um espasmo, uma rigidez da musculatura da parte externa da vagina. Quando ela faz qualquer tipo de penetração(isso pode ser com o dedo, um OB, o exame ginecológico) imediatamente há um reflexo de fechamento e endurecimento da vagina e ela não consegue de forma alguma concretizar este ato. Muitas vezes o problema é mais psicológico do que físico. É como se houvesse uma fobia, ou uma síndrome de pânico à penetração sexual. Os cônjuges destas mulheres tendem a pensar que o que elas fazem é uma "birra", ou uma ação voluntária para não se relacionarem com eles. Ela não me ama, é o que dizem muitas vezes. Os médicos e psicólogos rotulam essas mulheres: neuróticas, ptiáticas, neurastênicas, homossexuais. Esqueçam isso. A ação é totalmente involuntária. Essas mulheres desejam, tanto quanto as outras, ter uma vida sexual normal. Têm desejo, geralmente chegam ao orgasmo sem dificuldade. O problema é que algo maior que elas fecha suas vaginas. É preciso muita compreensão, muito tato e muita persuasão para se conseguir trabalhar com elas e com seus pares. Mas o vaginismo tem cura, uma terapia cognitiva comportamental e tratamento médico que pode durar entre 3 e 6 meses dá conta de resolver o problema. Há técnicas interesssantes também de fisioterapia nesta área.

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